Antes da licitação em 2010, cada empresa, cada linha, tinha permissão individual para operar. Após aquele ano, criou-se 4 Redes de Transporte Regionais, onde cada uma seria operada sob um mesmo contrato com prazo de 20 anos, prorrogáveis por igual período. Exclui-se o Centro do Rio dessa rede por considerá-la o “destino universal” de todas as demais regiões. O resto do estado do Rio de Janeiro ainda opera no sistema de permissões.
- Região do Centro (RTR1) – sendo essa área comum para todos os consórcios e não participou da licitação.
- Zona Sul + Tijuca (RTR2)
- Zona Norte (RTR3)
- Barra e Jacarepaguá (RTR4)
- Zona Oeste (RTR5)
Consórcios concorrentes por área:
1) Na Zona Sul + Tijuca: Consórcios Intersul (vencedor), SPRIO e Via Sul – Metropolitana.
2) Na Zona Norte: Consórcios Internorte (vencedor) e SPRIO.
3) Na Região da Barra e Jacarepaguá: Consórcios Transcarioca (vencedor) e Via Sul – Metropolitana.
4) Na Zona Oeste: Consórcio Santa Cruz
Fazem parte do consórcio vencedor as seguintes empresas:
Intersul: Alpha, Braso Lisboa, Estrela Azul, Gire, Viação Nossa Senhora das Graças, Premium Auto Ônibus, Real, São Silvestre (recentemente fechada), Tijuca, Transurb, Vila Isabel.
Internorte: Viação Acari, América, Caprichosa, Estrela, Estrela Azul, Gire, Ideal, Lourdes, Madureira Candelária, Matias, Novacap, Paranapuan, Pavunense, Penha Rio, Premium, Rubanil, Três Amigos, VG, Vila Real.
Transcarioca: Acari, Barra, Caprichosa, Estrela, Futuro, Litoral Rio, Normandy, Novacap, Premium, Real, Recreio, Redentor, Tijuca, Translitoral, Transurb, Três Amigos.
Santa Cruz: Barra, Campo Grande, Jabour, Palmares, Pégaso, Recreio.
Problemas do processo licitatório dos ônibus municipais:
*Prazo insuficiente para apresentação das propostas, principalmente pelas sucessivas erratas e ausência de dados. Uma empresa francesa chegou a apresentar uma carta a SMTR exprimindo a impossibilidade de cumprir com o edital por sua breve duração, bem como o Metrô Rio e a Supervia. A Associação dos Contratantes e Contratados do Poder Público (ACCOPP) ajuizou ação civil pública nesse sentido também, demonstrando que os antigos permissionários teriam mais chances de vencer a licitação, ferindo o princípio da competitividade.
*Participação da Rio Ônibus na comissão que elaborou as propostas técnicas para o Edital.
*Exigência de experiência no RTR disputado, favorecendo empresas cariocas.
*Não houve detalhamento mínimo sobre o objeto da licitação.
*A Secretaria Municipal de Transporte não foi reorganizada nem recebeu mais funcionários para conseguir fiscalizar os novos contratos de concessão e a bilhetagem eletrônica.